O Brasil é o sexto país mais populoso do mundo, com aproximadamente 207 milhões de habitantes. Segundo o senso de 2010, realizado pelo IBGE, 24% da população brasileira possui pelo menos um tipo de deficiência.

Mais da metade da população brasileira está concentrada em apenas 5,5% dos municípios. Isso mostra que existem cidades com uma densidade demográfica enorme, o que gera a necessidade de uma infraestrutura melhor nesses locais. Atualmente, as pessoas com necessidades especiais sofrem bastante com a falta de acessibilidade nesses grandes centros.

O que é acessibilidade?

Proporcionar acessibilidade significa incluir a pessoa que possua algum tipo de deficiência nas atividades do cotidiano de todos. Como no uso de algum produto ou serviço. Para que isso aconteça, as leis brasileiras prevêem a eliminação de obstáculos que limitem a circulação em segurança dessas pessoas.

Essas barreiras podem estar em vários locais. Como espaços públicos, no interior de edifícios, no mobiliário urbano e até nos meios de transporte.

Quais são os principais elementos de acessibilidade do nosso cotidiano?

Rampas

As rampas são as principais formas de incluir alguém que possua algum tipo de deficiência. Desta forma, são evitados transtornos para subir calçadas e escadas. Facilitando, assim, o acesso e a circulação tanto em ambientes internos como externos.

Corrimãos

Em conjunto com as rampas, os corrimãos são responsáveis por proporcionar uma melhor estabilidade e apoio a quem circula. Além de serem fundamentais em banheiros acessíveis.

Pisos táteis

Esses pisos têm a capacidade de balizar as pessoas com deficiência visual completa ou parcial. Ele é recomendando tanto para espaços internos, como espaços externos. O mesmo também possui cor e textura diferentes do piso do ambiente.

Além disso, existem dois tipos de pisos táteis:

• Direcional: indica a direção do movimento para o deficiente
• Alerta: indica uma situação que possa apresentar risco, como uma saída de veículo.

Elevadores

Os elevadores, indiscutivelmente, são capazes de facilitar a circulação de todos. Além de proporcionar uma maior comodidade. Servem da mesma forma que as rampas, mas para diferenças de níveis maiores. Esses têm como vantagem a economia de espaço, visto que são menores que rampas. Mas, têm como ponto negativo o alto consumo de energia elétrica.

Portas

As portas devem ser capazes de serem utilizadas por um deficiente sem ajuda, então elas devem possuir o mínimo de 80 centímetros de largura. Além de possuírem puxadores horizontais e maçanetas a cerca de 1 metro do chão.

Banheiros acessíveis

Para um banheiro ser acessível para um cadeirante, o banheiro deve possuir cerca de 1,50 metros de largura e 1, 70 metros de comprimento. Pois, assim, é possível a cadeira de rodas ser manobrada. Além da porta ser de acordo com o que foi citado anteriormente, ela deve possui abertura de 180º.

Estacionamento

As vagas de estacionamento para deficientes, assim como para idosos, devem ser próximas ao edifício e às rampas de acesso.

Qual a utilidade de aplicar essas medidas para você?

Todos os elementos citados devem ser utilizados em situações diferentes, visto que nem sempre é viável ter todos eles em um só ambiente. Porém, a aplicação dessas medidas de acessibilidade tem enorme vantagem tanto para um ambiente residencial, como para um ambiente comercial.

Nem sempre é possível prever quem frequentará sua residência ou qual necessidade um morador de sua casa terá. Sabendo disso, é importante ter-se uma casa minimamente acessível para futuros imprevistos. Um exemplo prático de medidas que se podem tomar é construir todas as portas com 80 centímetros de largura, pois é a medida necessária para a passagem de uma cadeira de rodas.

No comércio, é indiscutível a importância da acessibilidade para os clientes, tendo em vista a grande circulação de pessoas pelo ambiente. A adoção das medidas citadas anteriormente possibilita a chegada de um maior número de clientes e transmite uma boa imagem do local.

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 Autoria: Marcus Vinícius Oliveira de Medeiros – Aluno do 2º Ano do Instituto Militar de Engenharia