O mais desafiador é ter a ideia inovadora; depois de concebê-la, o restante dos procedimentos para colocá-la em prática se tornam mecânicos. Muitas empresas voltadas ao desenvolvimento de novos produtos buscam tais ideias em necessidades humanas ainda não supridas pelo mercado ou em modos de aperfeiçoar, aprimorar ou baratear a automatização e a tecnologia já existente.

Por outro lado, muitos têm grandes ideias e as guardam para si por não saberem como proceder para torná-las fabricáveis. Se você faz parte desse grupo, então esse texto existe para ajudá-lo.

Para começar, é essencial que se desenvolva um esboço das partes e do todo do que se deseja obter como produto, rascunhando os requisitos previstos e noções do que o design deve conter. Existe uma grande dúvida quanto a parte de requisitos do produto, para isso no mercado é possível encontrar profissionais de consultoria especializados em ajudá-lo a determinar requisitos técnicos de um produto.

A partir daí começa a parte computacional, a modelagem em três dimensões, com a qual é possível desenhar no computador as peças rascunhadas no papel e, posteriormente, fazer a montagem dessas. Isso fornece uma boa visualização de todos os ângulos de como o produto será fisicamente, ademais, pode-se escolher dentre uma grande gama de materiais, qual deles irá compor cada parte do equipamento.  

Além disso, em muitos dos softwares especializados para fazer a modelagem, há a possibilidade de se fazer simulações de esforços nas peças separadamente e no equipamento como um todo avaliando os pontos fracos, de menor resistência e, também, o ciclo de vida do produto.

Feita a modelagem 3D, podemos agora fazer a prototipagem das peças. Mas o que seria isso? A prototipagem é a impressão em impressora 3D das peças e a montagem dessas formando, assim, um protótipo do produto. Esse protótipo representa fisicamente seu produto, por isso leva a uma maior percepção da dimensão real dele e de todo seu design. Tal fato possibilita ainda mais testes mecânicos e possíveis melhorias não visualizadas no modelo virtual.

Se a ideia inovadora estiver bem elaborada com as funções do produto já bem pensados, cabe fazer o estudo de viabilidade de tal equipamento antes de fazer a modelagem e a prototipagem, pois pode ser que não valha a pena produzir tal produto. Portanto, economiza-se tempo e dinheiro.  

No entanto, muitos costumam ter a ideia de forma bastante abstrata, assim, para um estudo de viabilidade realmente eficaz ter o protótipo pronto com suas características funcionais bem determinadas é essencial.

Com o estudo de viabilidade do protótipo se propõe a análise da necessidade desse produto no mercado ou para o fim que o inventor deseja que esse tenha. Além disso, verifica-se se sua produção é economicamente viável e como esse produto pode ser explorado pelo inventor.

Caso sua criação seja apenas para benefício e uso próprio, esse último passo é desnecessário, basta encontrar os lugares certos para fabricar suas peças, montar seu equipamento e só lhe resta fazer bom uso desse.

Entretanto, se sua vontade é expandir seu produto e colocá-lo no mercado ou cobrar pela réplica dele, você precisa se preocupar em patenteá-lo para que ninguém roube sua ideia. Para isso, são necessários os desenhos técnicos do equipamento e das peças. Esses desenhos mostram as vistas em duas dimensões de todas as partes do produto. Nelas está contido o máximo de detalhamento possível de tal forma que qualquer um consiga ler tal documento e reproduzir fisicamente o que ali está escrito.

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