Antes de tudo… O que é liderança?

Liderar é, basicamente, conduzir um grupo de pessoas em direção a um determinado objetivo. A liderança pode acontecer sem planejamentos formais, quando uma pessoa simplesmente se destaca mais na atividade e acaba liderando por conta disso. Ela também pode acontecer quando alguém é escolhido para assumir um cargo de autoridade, onde a liderança é intrínseca à sua atividade.

Que legal! Foi falado de dois tipos de liderança no parágrafo acima. Existem diferentes classificações?

Há alguns anos é observado um grande interesse no que diz respeito a liderança. Diversos estudos têm sido conduzidos. Com o passar do tempo, muitas teorias foram também criadas. A divisão de tipos de liderança foi bem segmentada. Uma das principais divisões se refere ao estilo que o líder pode ter enquanto desenvolve suas atividades no grupo. É ela:

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  • Liderança Autocrática:

Quando o líder possui uma figura mais autoritária. Centraliza nele as decisões. Não abre muito espaço para questionamento ou sugestões por parte de seus subordinados. Esse tipo de atividade pode gerar stress demasiado por parte dos liderados. Isso pode acarretar em desvios de conduta que são ruins para o grupo. Um exemplo disso seria os integrantes se sentirem desmotivados com relação às atividades e só se empenharem a fazer suas tarefas quando na presença de seu chefe, por medo de repreensões.

Em geral, quando ocorre esse tipo de liderança, a figura em destaque é chamada de Chefe, pois não cumpre com alguns atributos intrínsecos à função de líder. Independentemente de não possuir as qualificações julgadas necessárias, a posição de superior é mantida por algum tipo de hierarquia pré-estabelecida no grupo. Apesar de tudo isso, essa liderança muitas vezes é necessária. Sua eficácia nas atividades da organização acabam dependendo da habilidade do líder. Um sucesso caso esse seja competente, um fracasso caso contrário.

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  • Liderança Democrática:

Ao contrário da liderança mencionada acima, essa envolve uma participação ativa do grupo no processo decisório. O líder abre espaço para sugestões, questionamentos e valida suas ideias com seus subordinados. Em geral é muito eficaz, pois os liderados se motivam por participarem do desenvolvimento do grupo. Todos discutem e entendem bem os objetivos e o ambiente de trabalho tende a ser mais leve.

O problema desse tipo de liderança é quando o número de pessoas passa a aumentar muito. Do líder é exigido grande habilidade de negociação para poder gerenciar discussões envolvendo um contingente grande e não perder apoio de ninguém. Além do que, ao abrir muito espaço para sugestões e questionamentos, algumas tarefas que necessitarem agilidade na sua execução podem ser prejudicadas. O fato de o subordinado poder discutir as atividades pode acabar deixando alguns “mal-acostumados” ou desenvolver alguns “questionadores”.

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  • Liderança Liberal:

Esse tipo de liderança se baseia no princípio de que os integrantes do grupo têm maturidade o suficiente para desenvolver suas atividades em prol do objetivo final. Sem uma figura bem estabelecida e firme de um líder, todos podem se sentir líderes e donos do próprio negócio, aumentando a capacidade criativa e responsabilidade de cada um.

Alguns pontos negativos dessa liderança são facilmente observados. Caso alguém do grupo não esteja perfeitamente alinhado ao objetivo, seus esforços poderão ser desperdiçados perseguindo outro rumo. A falta da presença e cobrança de um líder pode instaurar, mesmo que não seja por mal, um ritmo lento em alguns dos integrantes, e por consequência, no processo inteiro.

Uau! E essa é somente uma das classificações! Mas, se tantos estudos foram feitos, o que é dito a respeito de Liderança nas Organizações?

Em uma organização, a liderança tem importância fundamental, pois está intrinsecamente relacionada ao seu sucesso (ou fracasso). Principalmente no contexto empresarial é importante distinguir os líderes dos chefes.

O líder une os elementos do grupo para que juntos possam alcançar novos objetivos. Ele motiva e inspira seus subordinados a seguirem em frente, oferecendo o auxílio e amparo necessário para que se desenvolvam. Além disso, guia todos para o caminho certo quando se desviam. A influência que ele exerce sobre todos não se baseia somente em posição hierárquica, mas no respeito e admiração por parte de seus liderados.

O chefe é aquele encarregado por uma atividade e, para realiza-la, comanda um grupo de pessoas. Tendo a autoridade de mandar e exigir obediência devido ao organograma da organização, não se preocupa com aspectos sensíveis das relações interpessoais. Se assemelha bastante (por vezes sendo classificado como) ao líder autocrático.

Para os gestores atuais não é necessário somente saber serem chefes, mas sim líderes. Esses são os que, através de seu trabalho e conhecimento, irão desenvolver ao máximo as habilidades de seus liderados. Criando, até mesmo, os líderes das próximas gerações enquanto se dirigem ao objetivo de sua organização. Saber alternar entre os 3 tipos de liderança quando necessário, motivar, influenciar e guiar pessoas são algumas das competências que um bom líder deve possuir.

“A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns. ” – Abraham Lincoln

Autoria: Gabriel Cristie Ferreira Cunha – Aluno do 2° Ano do Instituto Militar de Engenharia